Engraçado como nós humanos temos medo das mudanças e mais engraçado ainda como deixamos de perceber que elas são feitas por nossas próprias mãos... Falo isto pensando nos objetos que foram humanizados na imagem acima e porque, logicamente, eles repercutem um pensamento humano sobre o ser e o estar dos livros, das vassouras dos computadores e tantos outros objetos no mundo.
Há quem diga por ai que os computadores irão dominar o mundo, dizem que terão uma espécie de "inteligência própria" que se manterão por si...
Mas... Embora tenha muito apresso pelas tecnologias digitais não descarto a sempre necessidade do ser humano por traz destas atuações.
Mas... Embora tenha muito apresso pelas tecnologias digitais não descarto a sempre necessidade do ser humano por traz destas atuações.
Prefiro ficar com as considerações de Umberto Eco Sobre os Apocalípticos e Integrados.
E pensar junto com Levy que somos nós que fazemos a evolução das técnicas, nós geramos estas necessidades. Mesmo tendo/ou não a consciência de não sermos humanamente capazes de acompanhar as transformações que nossas necessidades causam à sociedade.
Veja:
Veja:
"Será que as
técnicas vêm de outro planeta, o mundo das máquinas, frio, sem emoção, estranho
a todo significado e valor humanos, como tende a sugerir uma certa tradição
intelectual? Parece-me, ao contrário, que não só as técnicas são imaginadas,
fabricadas e reinterpretadas para uso dos homens, mas que é a própria
utilização intensiva das ferramentas que constitui a humanidade como tal
(juntamente com a língua e as instituições sociais complexas).
É o mesmo
homem que fala, enterra seus mortos e talha a pedra. Propagando-se até nós, o
fogo de Prometeu cozinha os alimentos, endurece a argila, funde os metais,
alimenta a máquina a vapor, corre nos cabos de alta tensão, fervilha nas
centrais nucleares, explode nas armas e nos equipamentos de destruição."
LEVY, Pierre. O inexistente impacto da tecnologia. Folha de São Paulo, [5] : 3, 16 ago, 1997.
Decerto com o passar do tempo as formas como utilizamos os objetos que produzimos vão se aprimorando, porém isso não significa desaparecimento, esquecimento e sim, reformulação. Novas formas de usarmos e termos acesso a essas produções.
Voltando à imagem que trouxemos para nossa discussão... Penso que já está claro a impossibilidade do desaparecimento dos livros... Onde então registraríamos nossos pensamentos? E o ambiente virtual, já não é um grande livro? Creio que o que nos falta em alguns momentos é justamente uma reflexão menos depressiva sobre as mudanças ao contrário disso, olhar a mudança - que nós mesmos produzimos - e nos perguntar de que forma podemos nos utiliza inteligentemente dessas mudanças.
É isso!
Uma boa Semana a todos
Diálogo com as TIC's